O Vizinho de Fialho de Almeida

Numa manhã solarenga fui convidado por duas colegas a participar num peddy fotográfico na vila de Cuba… de máquinas em punho e espírito divertido lá vou eu e as amigas Balbina e Maria José pelas ruelas e ruas de Cuba.

Sempre à espera de encontrar a foto ideal para vencer o concurso da Escola profissional de Cuba. Tiram-se fotos sérias, invadimos casas comerciais e habitações particulares etc

Mas o culminar deste peddy foi o encontro imediato com um vizinho do escritor Fialho de Almeida, que após a uma única pergunta que lhe foi feita, tivemos direito a uma descrição detalhada da casa e de alguns pormenores da vida quotidiana do famoso escritor, coisas que certamente não vem nos livros…mas que a nós os três nos encantaram pela vivacidade e alegria com que nos foram transmitidas.

Face barnca e negra

Foto: Polignac

Crianças de tez negra e branca

Que juntas fazem a união

Que desconhecem raças e idades

Num mundo de pura ilusão

Partem de manhá como brancas

E retornam à noite como escuras

E isso, que lhes importa!

E isso, que diferença lhes faz!

Pois são almas soltas e desprendidas

Num viver ao qual não se sente vendidas

O que lhes importa é brincar

O que lhes importa é amar

Num mundo de faz conta,

que dos adultos não é!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Sombras sem vida

Foto: Pollignac

Sombras e reflexos de um passado

sombras e sonhos de um dia

sombras e amor um dia guardado

numa alma turbulenta…

sombras de gritos abafados pela musica
que jorram, como sangue quente

para os ouvidos da mente.

Sempre Só

Foto: Pollignac

Sempre só a lutar contra as verdes flores

Deixem-me viver, num mundo de pedra brilhante

Eu sei que sou único, eu sei que sou diferente!

Saiam da frente, verdes amigas de feliz semblante

Deixem-me imponente ficar neste jardim demente

Onde sozinho posso reinar, e mostrar que estou sempre contente.

Três Bocas de MIstério

Foto: Pollignac

Junto ao Baco me mantenho, jorrando da boca, doce vinho!

Sentido o meu mau, pérfido e verdadeiro desejo,

Que as almas do lado, eliminem o seu jorrar de carinho…

Minha boca é única, e de nada vale contrariar,

Há mais de mil anos, vinho jorro, sem que ninguém

Mas mesmo ninguém, me tenha conseguido ludibriar!!!

Juntos e tristes se erguem estes dois do lado,

De boca aberta a tentar encantar,

Mas no fundo eles bem sabem, que a minha boca ninguém consegue enganar!!

Texto: Pollignac

Cores Soltas

Foto:Pollignac

Cores Soltas, que bricam em harmonia

Nas velhas paredes do espaço

Ds quais se sente a magia das almas que por ali saltaram!

Cores soltas em viagens eternas,

de aentradas e saídas sem os verdadeiros tons nunca alcaçarem

Saiem as cores soltas de uma vida, nos bralos da alegria

a desejar que as deixem sempre, mas sempre perdurarem.

SEIVA NEGRA

La mort de la princesse de Lamballe, amie de la reine Marie Antoinette.

É por detrás do coração que o lado negro espreita de vez em quando…

Sentimentos impetuosos que levam qualquer ser a cometer actos e atrozes loucuras e até mesmo desejarem tornar a comete-los sem que a culpa ou o remorso os consiga demover de qualquer acção de retracção.

A seiva que escorre como mel em pata de urso, saboreia-se como pura maldade e satisfação de impetuosidade, que torna o ser humano o mais desprezível dos Seres, sentado à mesa dos sentimentos nobres, que por seres semelhantes a ele, criaram regras e éticas no fórum do imaginário de uma cultura egocentrista.

Triste é a forma com que na sociedade nos apresentamos, cheios de capas de luxo disfarçadas de sentimentos puros. Ah, ah, ah, toda a vida não passa de um sentimento estonteante, de um girar circular de verdadeiras e falsas emoções, isto é, de um CARROSSEL DE VERTIGENS!!!!